terça-feira, 10 de maio de 2016

Começar o Seu Aquário de Água doce

Vocês estão prontos! Está na hora de montar o Vosso Aquário de Água doce. Esta é a parte interessante e a hora para decidir como vai ser o Aquário. Felizmente, já têm uma variedade de opções. No entanto, como na maioria das coisas, o tempo gasto para planear, vai dar-Vos dividendos a longo prazo. Então devem gastar tempo para a reunir informações e aprender algo sobre as Vossas escolhas. Isto irá formar e ser a base do Aquário de Água doce.

Substrato

Às vezes referido como cascalho, o substrato é o que está situado no fundo do aquário de Água doce. É uma parte vital da montagem, contribuindo para o efeito global do ambiente do mesmo.

Substrato de grão Pequeno

Se Vocês escolherem um substrato de pequena granulometria para a instalação do Aquário de Água doce, alguns Peixes tropicais irão apreciar este mais do que outros pois, quando eles estão na reprodução, torna-se um material mais adequado para o ninho. Isto é devido ao facto de que eles preferem algo que é mais fácil para eles manipularem.

Exemplos de substrato miúdo são seixos minúsculos e areia. Estes materiais são baratos e funcionam bem no tanque.

Estejam cientes de que o substrato miúdo, tal como a areia, pode causar irritação na boca do Peixe. Isto devido ao facto de que alguns Peixes lhe pegam, com as bocas, para o mudar de sítio. Além de que a areia é abrasiva tanto para o acrílico como para o vidro. Portanto fiquem atentos!

Substrato de grão Médio

Este é provavelmente o substrato mais comummente utilizado pois é de tamanho médio e inclui pedras e seixos ligeiramente maiores. Muitas pessoas escolhem este tamanho de material com resultados eficazes.

Substrato de grão Grande

Esta não é uma escolha popular num Aquário de Água doce. O tamanho do substrato inclui coisas como rochas do rio. No entanto, algumas pessoas têm uma preferência por este, pois cria uma paisagem subaquática dentro do tanque. Um problema associado com este arranjo é que todos os tipos de partículas de alimentos e outros detritos pode afundar e ficar presas entre as rochas. Isto pode causar a descoloração e poluição da Água, o que pode originar sofrimento aos Peixes.

A Relação entre o Substrato e os Seus Peixes

Estejam cientes, mais uma vez, de que certos tipos de substrato podem afectar a Água e também os Vossos Peixes. Alguns materiais podem mesmo afectar o pH da Água. Certifiquem-se de que escolhem cuidadosamente os materiais que colocam no tanque, como parte da montagem do Vosso Aquário de Água doce.

Evitar estes tipos de substrato

Vocês quererão evitar todo o tipo de substrato que possa afectar negativamente a Água no Vosso Aquário. A seguir está uma lista de alguns dos materiais a evitar como substrato: ónix, rocha vulcânica, ardósia, dolomite, geodos, calcário, conchas, granito, quartzo e arenito.


Foto: rocha calcária: http://i35.tinypic.com/a3ntxk.jpg

Devem sempre testar qualquer coisa que pretendem colocar no Vosso Aquário, especialmente se não tiver sido comprado numa loja de animais e não for adequado para Aquários. Existem dois métodos comuns para testar este tipo de substrato, quando não têm a certeza se eles podem ser colocados na Água com os Vossos Peixes.


O primeiro tipo de teste é usar pH Menos ou Vinagre. Usem um conta-gotas para colocar um pouco de um destes produtos em qualquer areia, pedras ou seixos que gostassem de usar no Aquário. Se houver uma reacção entre um deles e as rochas, como espuma ou efervescência, então o material tem Cálcio e não é adequado para a Água.


Outra opção é colocar qualquer tipo de substrato que pensam usar, num balde de Água, e, testar a dureza e níveis de pH. Esperem cerca de uma semana, e depois testem novamente. Se os níveis ainda são aceitáveis, então deve estar bom para o usar como parte do aquário de Água doce.


Tipos de testes
Muitos tipos diferentes de ‘kits’ de testes estão disponíveis no mercado. Precisarão de escolher qual é o mais adequado para o Vosso uso. Níveis de pH inadequados podem causar ‘stress’ e mesmo a morte de Peixes, por isso é essencial ter um bom teste de pH.


Altos ou elevados níveis de Amónia podem ser um motivo de preocupação. A primeira vez que podem detectar um elevado nível é na fase de arranque. No entanto, certas condições, tais como Águas poluídas, animais mortos, filtros sujos e / ou medicação, podem provocar altos níveis de Amónia.

Podem também testar os Nitritos, que devem estar a um nível inferior a 1,0.


Também podem testar os Nitratos que devem estar abaixo das trezentas partes por milhão (ppm).


Outras considerações para o Vosso aquário de Água doce:

Existem vários tipos de filtros e sistemas de filtragem, bombas, aquecedores, refrigeradores e de iluminação para o Vosso Aquário, o que será abordado em artigos adicionais.





Para garantir o uso seguro de todos esses acessórios, é essencial investir num bom adaptador de energia eléctrica, onde podem ligar o número de fichas necessárias (imagem acima) para o Vosso Aquário de Água Doce.










segunda-feira, 9 de maio de 2016

Que quantidade de alimento para os meus Peixes?

 
Foto: ‘colados à pastilha’ - Bryon Chin


Questão: Quanta comida devo eu dar aos meus peixes?

Resposta:
"As últimas poucas embalagens de alimentos para peixes que comprei diziam ‘não sobre dosear’. Porque é que isto é um problema, e quanto devo distribuir?"


Sobre dosear alimento é o erro mais comum cometido pelos aquariófilos. Entope o filtro, origina toxinas prejudiciais para os peixes. Apesar dos avisos nos rótulos.

Na natureza os peixes comem quando têm fome e se houver comida disponível.

Se as fontes de alimento são muitas, eles comerão várias vezes ao dia. Por outro lado, se forem poucas, podem passar dias entre cada refeição. Por esta razão, os peixes são muito oportunistas e comerão sempre que tiverem hipótese. Isso significa que se lhes oferecerem comida, eles costumam devorá-la até mesmo se não estão com fome. Tenham isso em mente na próxima vez que eles 'implorarem' por comida. Os peixes aprendem ràpidamente quem traz a comida e vão saltar para tentar a sorte de serem alimentados, mesmo que não estejam com extrema necessidade de alimentos.

Com que frequência?
Então com que frequência devem ser alimentados os peixes? Esta variará de acordo com o tipo de peixes. Regra geral a maioria dos peixes ficam muito bem com uma refeição por dia. No entanto, alguns proprietários gostam de dar duas vezes por dia. Independentemente de uma ou duas refeições, a chave é mantê-las muito pequenas. A hora não é importante, excepção para os que comem à noite, como alguns peixes gato. Se tiver destes peixes, garanta que os alimenta antes de desligar as luzes.

Há algumas outras exepções à regra de uma refeição por dia. Os herbívoros (vegetarianos) precisam de comer frequentemente pois não têm estômagos grandes com espaço para muito alimento. Na natureza eles pastam plantas todo o dia. Eles devem receber pequenas doses de alimento por dia, ou providenciar-lhes plantas frescas que eles possam mordiscar. Recém -nascidos e jovens ainda em crescimento, requerem refeições mais frequentes com produtos específicos para eles.

Quanto (ou Quantidade)

Quanto à dose a distribuir, uma boa regra de polegar é não dar mais do que os peixes não consumam totalmente em menos de cinco minutos. Se em dúvida, dêem menos! Vocês podem sempre dar-lhes outra pequena refeição se necessário. No entanto, se derem a mais devem remover a comida não consumida usando um sifão ou rede. 

Foto: http://www.petsolutions.com/C/Aquarium-Gravel-Cleaning/I/Python-No-Spill-Clean-Fill.aspx


Como última nota, lembrem-se que não é só a quantidade mas também o tipo de alimento que é importante.

Procurem ‘links’ com tabelas que mostrem a dieta mais adequada para os peixes de aquário mais populares.





Ref.ª: Shirlie Sharpe





Pesquisa, Tradução e Adaptação: buarquesense@outlook.com

Alimentar as Koi


As carpas em lagoas naturais, lagos e rios desfrutam de uma oferta de insectos aquáticos, crustáceos e matéria vegetal, que se renova e elas obtêm a rebuscar no lodo. Se não houver suficiente, os peixes não morrem, mas em vez de atingirem o seu pleno potencial de crescimento, eles permanecem atrofiados. Por outro lado, um lago com koi é uma zona densamente povoada, um ambiente fechado em que as regras naturais não se aplicam. Os peixes estão dependentes do seu proprietário para tudo, incluindo a alimentação.



A dieta das Koi

Hoje em dia a tendência tem criado a ideia de que este passatempo poderia encontrar no supermercado ou cavar no jardim, rumo a uma estonteante variedade de alimentos em flocos, granulados ou extrudados ou sticks. Enquanto estas são excelentes, outros alimentos tipo guloseimas para variar a monotonia continuam a ter o seu lugar. Farinha integral, pão com moderação, alface, laranjas cortadas ao meio para que as carpas possam sugar o miolo, fatias de melancia, as minhocas de terrenos sem químicos e até mesmo camarão na casca dão definitivamente mais entusiasmo aos peixes.


Broa ou pão integral - com moderação.                                                          A vitamina C da laranja fresca é boa para as Koi.


Evitar alimentos ricos em humidade e hidratos de carbono, como ervilhas, batatas e o milho doce. Há vinte anos atrás, estes eram alimentos base, mas apenas porque não havia nada melhor. Também fora da lista estão produtos de carne e lácteos, já que contêm gorduras sólidas.






As Koi não têm estômagos; a digestão ocorre no longo intestino e quanto mais alimento lhes é oferecido numa refeição, menos é assimilado. Isto é especialmente importante em baixas temperaturas. As sobras de alimento passam, parcialmente digeridas através do sistema digestivo para criar uma carga indesejável no filtro biológico. Alguns dos ingredientes de difícil digestão nos alimentos comerciais são baratos: os carbohidratos representam entre 30 e 40 por cento do peso de um grânulo típico para Koi e também actuam como um agente de ligação e de volume.


Isto explica, em parte, a grande diferença de preços entre os alimentos de Koi similares. Fórmulas de alto teor de proteínas são as mais susceptíveis de conter farinha de peixe, que fornece desejáveis lipídios insaturados (óleos). Outros ingredientes comuns à maioria dos alimentos são cinzas (uma fonte de minerais), fibras (de valor duvidoso para carpas), humidade e vitaminas. Também presente podem ser imunoestimulantes, os probióticos (ingredientes para antecipar problemas nutricionais, em vez de meios químicos), potenciadores das cores e diversos aditivos, tais como cascas de caranguejo e lagosta triturados, a própolis também conhecida como "cola de abelhas” e argila montmorilonita em pó. Num mercado grande os fabricantes estão empenhados em ganhar a frente com ingredientes inovadores. A última tendência é a de colar os alimentos em forma de pó, que pode ser misturado como uma pasta com água ou sumo de laranja fresco.


Granulados (da esquerda para a direita e para baixo):
Pequeno, Médio, Grande, Spirulina e Pauzinhos stick


       
  

Como e quando alimentar as Koi



As carpas selvagens são nadadoras constantes, mas geralmente têm de se adaptar às nossas ocupadas agendas de trabalho e ter refeições duas ou três vezes por dia. No entanto, este regime não promover a melhor taxa de crescimento. Invistam num alimentador automático e as Koi vão ficar mais naturais, com várias pequenas refeições ao longo de um período de 24 horas.



Em lagos não aquecidos, o que e quanto distribuem para alimentar as Koi depende da temperatura. Na Primavera, quando a água atinge mais de 10ºC, iniciar a alimentação com pequenas quantidades de alimentos digeríveis, grãos com gérmen de trigo e que afundem. Conforme a água aquece mais, mudar para alimentos flutuantes mais proteicos e, depois, quando o lago começa a arrefecer novamente no Outono, voltem ao gérmen de trigo antes de deixar os alimentos por completo. Nessa altura, o metabolismo dos peixes abrandou e eles irão usar as reservas de energia armazenada, durante o Inverno. Nos lagos aquecidos, as Koi podem crescer mais depressa sem qualquer verificação, pois podem ser alimentadas durante todo o ano.


Poucas pessoas se preocupam com quanta comida dão às suas carpas; a quantidade recomendada é entre um e dois por cento do peso corporal e por dia. No entanto as jovens carpas crescem mais depressa do que as maiores e requerem mais proteína. Assim não fiquem apenas com uma marca de comida e misturem várias para as refeições. Lembrem-se de que os grânulos dependem do tamanho da menor boca no lago, uma Koi nova não vai engolir grânulos Jumbo de 12mm (0,5 pol.) de diâmetro.

É muito importante seguir as regras de quais os alimentos para os animais e qual a temperatura para dar às vossas Koi a oportunidade de atingir o seu pleno potencial. Sobrealimentação provoca mais problemas do que subalimentação e, a longo prazo provoca um caos no lago com excesso de resíduos e o filtro biológico sobrecarregado. Uma rotina com a quantidade adequada de tudo e boa escolha de alimentos dará resultado.

Guardem todos os alimentos num local seco e fresco numa embalagem que feche bem e não guardem o que sobra de uma estação para outra. As vitaminas oxidarão e existe o risco de desenvolvimento de fungos.

           

Alimentar à Mão




As Koi podem aprender, com grande entusiasmo, a comer da mão dos donos. Logo que se habituam à Vossa presença perto delas, poderão oferecer-lhes algum pão ou goluseimas para Koi para que elas se aproximem. Introduzam a mão dentro de água com o alimento. Sejam pacientes, pois uma Koi corajosa nadará para Vocês e tirará o petisco da Vossa mão. As outras copiarão a rotina e terão as Koi ansiosas até chegarem à Vossa mão para aquele miminho especial em pouco tempo. Elas também podem aprender um afecto de uma palmadinha na cabeça ou uma festa no ventre. Façam-no devagar e deixem que elas se aproximem.


Abaixo um guia geral para alimentar as Koi



Temp. ºC Quantidade de Alimento Tipo de Alimento
Menos de 10º Não alimentem as Koi Temps. a 10ºC por mais de um mês pode exigir suplementos de baixa proteína ricos em carbohidratos.
10º a 12,8º 2 a 3 vezes por semana se as Koi tiverem fome Carbohidratos, pouca proteína, alimentos laxativos. Gérmen de trigo, Cheerios, abóbora, alface e pão integral.
12,8º a 15º 4 a 5 vezes por semana se as Koi tiverem fome Adicionem grãos de baixa proteína (25%) aos vegetais. Aumentem as quantidades com a subida de temperatura.
15º 1 vez ao dia, 6 dias por semana Grãos de baixa proteína (25%) com vegetais altos em carbohidratos e fruta.
15,6º a 18,3º 1 ou 2 vezes por dia, diàriamente Subam a proteína para 35% e a quantidade de grãos. Variem a dieta com vegetais e frutos.
18,3º a 22,2º 1 ou 2 vezes por dia Dieta base de grãos com 35% proteína. Adicionem frutos, vegetais e plâncton para variar.
22,2º a 26,7º 3 a 4 vezes ao dia Grãos com muita proteína (35% a 40%) com colorantes. Adicionem plâncton, vegetais, frutos e camarão.


Nota:
Sugiro pelas melhores razões:





Ref.ª http://www.thekoikeepers.com/





Pesquisa, Tradução e Adaptação: Buarquesense

Artemia Salina - Pequenos Truques - I

Cistos de Artemia

Ovos de Artemia Salina para alimentação na fase larvar

Como incubar os Cistos de Artemia
· Para obtermos os resultados da Eclosão (nascimento) e controlo higiénico da Descapsulação (saída da casca), recomendo:
· O uso de um recipiente específico geralmente disponível no mercado da especialidade (garrafas translúcidas, Pratos - abaixo o da Hobby-Dohse, etc.);

· No caso das garrafas será necessário o uso de uma bomba de ar e quase todos os modelos já vêm equipados com uma válvula de recolha dos náuplios recém-nascidos;
· A temperatura de incubação da água salgada deverá ser de 28ºC;
· O pH (nota importante) de 8.75 a 8.85: aconselho 1 a 2 gotas de pH Mais por cada preparação;
· A salinidade deverá ser conseguida com 20 a 30g de Sal por litro, equivalente a cerca de 3% de Sal em relação ao volume de água;
. Podem usar água do mar e mesmo assim terão de adicionar 1 a 2 gotas de pH Mais;
· No caso das garrafas ou similar, deve manter-se uma iluminação constante, à superfície da água, de cerca 2000 lux, até à eclosão;
· Não devem ultrapassar 1,6g de Ovos por litro de Água Salgada;
· A eclosão ocorre após 12 horas para os descapsulados (sem casca) e 24 horas para os capsulados.

Na foto abaixo uma Artemia adulta:

Foto:Robert A.Brown
E nesta foto Náuplio (24 horas)

artemia-gallery-new.php

Algumas sugestões para os mais aficcionados
A Artemia ou Camarão das Salinas, é comummente utilizada como alimento larvar para muitas espécies aquáticas. De modo a garantir o seu elevado valor nutricional, devemos ‘descapsular’ (tirar a casca) aos Cistos (Ovos) de Artemia antes da sua Eclosão. Isto desinfectará os Ovos, retirará o Cório (a casca), a parte não digerível do Cisto, e, também poupará energia à Artemia que a gastaria se tivesse que furar a casca. Este processo incrementa o valor nutricional e a taxa de eclosão da Artemia minimizando o risco de infecções bacterianas e das obstruções do trato digestivo provocadas pelo Cório. Há 2 métodos comuns que servem para ‘descascar’ os Cistos. Nos dois, apesar de só descrever um deles, o primeiro passo é a hidratação dos Cistos, mergulhando-os durante 1 hora em Água Doce ou Salgada. Os Cistos secos têm uma ‘covinha’ que torna difícil a remoção uniforme da casca.

             Depois de eclodidos os ovos há que crivar os náuplios sem os perder. Assim basta utilizar o conjunto de peneiras para Artemia de Hobby - Dohse:

Método do Cloro
Descapsular os ovos

Este método utiliza lixívia caseira (solução de 6% de hipoclorito de Sódio) ou Cloro industrial (solução de 11% de hipoclorito de Sódio). Colocam-se cerca de 15 gramas de Cistos já hidratados num recipiente com cerca de 300ml da solução a 6%, onde já teremos aplicado uma bomba de ar com válvula de controlo de saída. De forma suave deixaremos borbulhar a solução (agitando o recipiente de vez em quando para que não fiquem Ovos fora da mesma) cerca de 3–5 minutos ou até que os Ovos fiquem Alaranjados (perdendo pois a Cor Castanha). Devemos então, quase de imediato, despejar tudo através de uma peneira de Artemia (de malha fina) e enxaguar várias vezes até que o cheiro do Cloro desapareça. Depois é só incubá-los.
Caso sejam muitos, podem sempre guardá-los em pequenos recipientes (tipo provetas de testes de água) misturando-os com Sal refinado o que os manterá sempre desidratados e prontos a utilizar em qualquer altura, quer directamente no Aquário ou para Eclosão.







buarquesense@live.com.pt

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Doenças: Questões e Sugestões de Tratamento



Ora eu recebi este pedido de colaboração // ajuda, mas não sei quem enviou e não poderei responder.
Seria possível contactar via mail: buarquesense@outlook.com?
Grato

Eis o que me perguntaram e não sei para onde responder: 

Como ajudar o peixe a perder os líquidos e esvaziar o "balão" no caso da hidropisia? Tenho um que parece o peixe balão. Coloquei-o com outro que também estava inchado num recipiente de PVC escuro de 50l e fiz uma solução de terramicina. Só vejo algum progresso naquele que estava menos inchado. os olhos já não estão protuberantes embora a barriga ainda esteja. No outro, muito mais inchado , o inchaço nem olhos nem barriga parece diminuir. Não sei como  alimentá-los Dou-lhes espinafres e pepino. Cortei a ração granulada, mas verifiquei que eles já não gostam dela. Não estão entusiastas com a dieta do pepino e espinafres mas parece que após várias regurgitações acabam por comer. Será a terramicina adequada? Foi o que consegui arranjar na farmácia, para uso veterinário (animais terrestres). em Como montar um Aquário Hospital"


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Alimento Vivo para Peixes de Aquário


Artemia Salina
A artemia é considerada a melhor opção como alimento vivo para peixes ornamentais devido à facilidade com que é encontrada no comércio, à possibilidade de ser criada em casa e principalmente pelo seu alto valor nutricional.

Nome popular: Artemia salina

Nome científico: Branchipus stagnalis

É rica em proteínas, vitaminas (principalmente o Caroteno) e sais minerais, é indicada para peixes em tratamento pois acelera a sua recuperação; os náuplios de artemia são indispensáveis para alevins que já não possuem o saco vitelino, além de que alguns animais se alimentam quase que exclusivamente de artemias.



Fotografia: Celso Fernando Paris Jr.


Como criar: 

Depois de saber de todas estas vantagens que a artemia oferece, porque não criá-las em casa e ter sempre alimento vivo e saudável para os vossos peixes? Para isso precisarão de um aquário de, no mínimo, 50L, com água do mar ou uma solução contendo uma colher de sal marinho (30g) por litro de água doce. Dissolvam na água um pó feito com coral moído até que fique opaca, coloquem num local onde bata bastante sol; a água ficará verde e rica em microalgas que servirão de alimento para as artemias, além de oxigenarem a água dispensando o uso de bombas de ar. Comprem uma porção de artemia viva e coloquem-na no aquário; elas reproduzem-se muito depressa e logo terão uma boa quantidade, suficiente para que seja feita uma recolha semanal para a alimentação dos peixes. Mas nunca se esqueçam de deixar algumas para que a criação tenha durabilidade e desse modo as artemias terão uma cor avermelhada e alto valor nutricional. Também podem ministrar-lhes (às artemias) outros tipos de alimentos como fermento biológico, levedura de cerveja e pastas industrializadas próprias para esse fim. Mas assim elas não terão o mesmo valor nutricional como quando alimentadas com algas. É claro que pode ser mais fácil ir a uma loja todas as semanas comprar uma dose, mas se as criarem saberão que estão a oferecer aos vossos peixes artemias saudáveis e livres de contaminação.


Ref.ª: Marne Campos


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Bicho do amendoim
O bicho do amendoim ou besouro do amendoim é um insecto pertencente à ordem Coleoptera, e as suas larvas constituem um óptimo alimento para os peixes.

Nome popular: Bicho do amendoim

Nome científico: Palembus dermestoides

Cultura que desperta o interesse de muitos aquariófilos por requerer pouca manutenção. As fêmeas dos besouros depositam ovos no interior do amendoim e após um período de aproximadamente 10 dias esses ovos eclodem e transformam-se em larvas, que é a melhor forma de ser oferecida aos peixes, pois inicialmente a larva é minúscula e com o passar dos dias chega a aproximadamente 1,7mm,  transforma-se em pupa e depois em besouro.

Foto: Matheus Lopes
Como criar:
Num recipiente coloca-se amendoim, que é a base da alimentação dos besouros, e para manter uma certa humidade dentro do recipiente podem colocar uma rodela de cenoura, de batata ou outro. O recipiente deve ser fechado com tampa de rede, o que permite a entrada de ar e evita a fuga dos insetos. Para apanhar as larvas menores pode-se raspar a parte do vegetal que estava em contacto com os amendoins, as larvas maiores podem ser apanhadas com uma pinça.

Ref.ª: Alexandre Altieri e Matheus Lopes - Aquarismo Online

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------




Branchonetas

Branchonetas são as primas de água doce da Artemia salina, o ciclo de vida desenvolve-se completamente em água doce tornando o seu cultivo mais fácil que em relação a água salgada, bastando que se observem as particularidades do seu ciclo.

Nome popular: Branchoneta, Artemia de água doce.

Nome científico:
Dendrocephalus brasiliensis

Alguns comentários sobre o ciclo de vida e captura:

As branchonetas representam o ancestral dos crustáceos - que manteve a sua estrutura corporal e ciclo de vida sem modificações até à actualidade. Este lado primitivo e simples torna-as vítimas das modificações ambientais provocadas pelo ser humano nos últimos séculos.

Como a branchoneta se desenvolveu no planeta antes de outros animais, ela não apresenta qualquer defesa contra predadores. Por isso, geralmente só ocorre em corpos de água temporários (lagos ou poças de água) em que os predadores não estão presentes. Está tão adaptada a este tipo de ambiente, que não aparece em outros.



O ovo da branchoneta é um cisto de resistência que permanece no sedimento seco, às vezes durante vários anos. Quando ocorre uma chuva suficiente para acumular água, o cisto eclode e nascem as larvas. Em cerca de 10 dias, a branchoneta atinge a maturidade sexual, acasala e passa a pôr ovos. Entre 20 a 30 dias após o nascimento, morrem por velhice. Tal ciclo de vida coincide com o ciclo de encher e secar as poças.

O ovo da branchoneta só eclode se for seco antes. Em contraste, a sua prima hipersalina Artemia pode gerar "filhotes" se as condições ambientais estiverem boas, passando a produzir ovos de resistência apenas quando há stress ambiental. Assim, se a branchoneta produziu ovos num lago que não seca naquele ano, os ovos ficam depositados no sedimento, sem eclodir, enquanto as brachonetas genitoras já morreram de "velhas". O lago pode então não apresentar nenhum indício da existência de branchoneta "viva", até que uma nova geração venha a nascer. Isto ocorre quando o nível da água no lago desce um pouco, secando os ovos naquela faixa, e voltando a encher temporariamente após uma chuva. Provavelmente foi isso que ocorreu no lago em que vocês estiveram.

A dispersão dos ovos da branchoneta é efectuada por aves aquáticas, quando os ovos ficam colados nas patas e penas delas. Actualmente, até os pneus e rodas dos carros podem actuar como dispersores de ovos entre as poças de água nas estradas de terra. No Nordeste do Brasil, nos locais em que as estradas vicinais têm grandes poças, que ficam pelo menos duas semanas com água empoçada, pode surgir a branchoneta.




Como a branchoneta não pode existir em locais onde haja predadores (principalmente peixes), as poças de água e lagos onde ela aparece geralmente não mantém ligações com rios ou córregos perenes. Por isso, no mundo, as branchonetas são muito mais frequentes em regiões áridas ou semiáridas. Em regiões húmidas, como a da mata atlântica ou a amazónica, elas estão ausentes. Em São Paulo, até hoje, não há constatação de branchoneta autóctone.

A branchoneta pode ocorrer em tanques ou viveiros de piscicultura que sejam drenados e secos periodicamente. Isso ocorre especialmente nos tanques de larvicultura de peixes, em que o tanque é enchido uma semana antes de colocar as larvas de peixes. Neste período, as branchonetas nascem e crescem rapidamente, de modo a serem grandes em relação às larvas para serem predadas. Quando as larvas de peixe crescem, as branchonetas já estão desovando, e propagando a geração seguinte.

O local típico de ocorrência da branchoneta são as poças de água ou brejos, especialmente os que venham a secar (completa ou parcialmente) num ano ou outro.

Para recolher amostras, o mais viável e prático é apanhar o sedimento que potencialmente contém os ovos, e não os animais vivos (que são muito sensíveis). Retira-se uma camada superficial do sedimento, até 1 cm de profundidade, para formar uma amostra com cerca de 200 ml. Coloca-se a amostra num saco plástico fechado (sem ar), e pronto.

O sedimento pode ser recolhido tanto de local seco (que esteve submerso na época da chuva), como do húmido ou submerso. Se o material contiver raízes ou pedras, estas podem ser removidas para facilitar o acondicionamento, já que os ovos ficam misturados ao sedimento fino.

As amostras podem ser mantidas por longo prazo tal como foram apanhadas. Se for desejável secá-las para diminuir a massa ou volume, é só deixar secar naturalmente à sombra.

O mais importante é não deixar que o material das amostras se misture durante ou após a recolha. Como os ovos são microscópicos, podem acabar misturados no instrumento de captura, se ele ficar com terra da amostragem anterior.



Ref.ª: Dr. Ricardo Y. Tsukamoto

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Dáfnias

As dáfnias ou pulgas de água como são popularmente conhecidas, são pequenos crustáceos da subordem Cladocera que medem de 2 a 4mm de comprimento, vivem em lagos e charcos onde a água é parada e rica em matéria orgânica, sendo o plâncton o seu principal alimento.

Nome popular: Dáfnia ou Pulga D'água

Nome científico: Daphnia pulex



É um óptimo alimento para os peixes pois é rica em iodo, fósforo e cálcio mas apesar de ser altamente nutritivo, não devem ser dadas aos peixes mais de 2 ou 3 vezes por semana, por causa da grande quantidade de vitamina A que possuem, vitamina essa que só é benéfica em pequenas quantidades, além disso se colocadas no aquário em grandes quantidades, os peixes não irão consumir todas e elas acabarão morrendo consequentemente poluindo a água.




Como criar: Você poderá cultivar dáfnias em casa, garantindo assim um alimento nutritivo e saudável para seus peixes. Elas são ovíparas e deverão ser cultivadas em ambientes de no mínimo 100L (ambientes menores que isso, não atingirão resultados satisfatórios). Coloque o recipiente em um local onde bata bastante sol, no inverno use um termostato, a temperatura deve estar entre 26 e 32ºC, ele deve conter água doce com duas colheres de pó de coral a cada 100L para acelerar o aparecimento de algas, utilize também algumas folhas de verduras secas ao sol para propiciar o desenvolvimento de infusórios, seu principal alimento. Depois de uns 4 dias, a água já deve estar verde e rica em plâncton, pronta para receber as dáfnias, podendo estas ser coletadas na natureza ou compradas em lojas. Tudo em ordem, alimente as dáfnias com infusórios ou caldo de legumes (coloque uma folha de alface no tanque para produzir os infusórios). Se tudo correr bem, você verá após algumas semanas uma nuvem de dáfnias, que podem ser vermelhas ou brancas de acordo com a aeração. Quanto maior a temperatura, mais rápido será seu desenvolvimento. Agora é só servi-las aos seus peixes, tomando cuidado para não esgotar sua produção.



Ref.ª: Marne Campos


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Enquitréia

Trata-se de verme branco de tamanho reduzido com alto valor nutritivo, sendo uma ótima fonte de nutrientes para os peixes, mas também rica em gordura, por isso deve ser usada com critérios.


Nome popular: Enquitréia

Nome científico: Enchytraeus albidus

Esse verme sobrevive na água por algum tempo, por isso deve-se fornecer aos peixes em pequenas porções para que eles não se escondam no substrato, poluindo a água quando morrerem. Rico em vitaminas A, D e E, além de uma ótima fonte de proteínas e sais minerais, a enquitréia se apresenta como uma ótima alternativa na alimentação dos peixes ornamentais, contanto que o aquariófilo tome cuidado com o alto teor de gordura, não oferecendo aos peixes mais do que três vezes por semana. Para os filhotes essa regra pode ser mudada para diariamente, mas não como único alimento.



Fotografia: Alexandre Altieri

Como criar: Em um recipiente, de preferência isopor para isolar do calor externo, coloque carvão ativado até a metade, o carvão deve ser mantido sempre húmido, o que pode ser conseguido com a ajuda de um borrifador de água, introduza uma cultura inicial comprada em lojas de aquarismo, em pouco tempo a cultura se multiplicará e se tornará uma fonte constante de alimento para seus peixes. 



Ref.ª: Marne Campos 



-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Microvermes

Os microvermes da aveia são pequenos nematódeos de aproximadamente 3mm, que vivem em um meio pastoso de farinha de aveia e água, sendo que uma grande vantagem dessa cultura é que eles se alimentam dessa mistura que compõe o meio onde vivem.

Nome popular: Microvermes, vermes da aveia.

Nome científico: Panagrellus redivivus

Ótimo alimento para alevins, os microvermes de aveia requerem pouca manutenção da cultura, são bastante prolíferos e iniciando-se com uma pequena cultura inicial, em poucos dias já poderá passar a alimentar os alevins com os microvermes.


Fotografia: Alexandre Altieri


Como criar: Em um pequeno recipiente plástico adicione uma mistura pastosa de água e farinha de aveia, junto a essa mistura coloque uma cultura inicial de microvermes, após alguns dias os microvermes já estarão se reproduzindo abundantemente e ao subirem pelas paredes do recipiente poderão ser coletados para alimentação de alevins. Para coleta pode-se usar uma lâmina raspando as paredes do recipiente onde está a cultura. Recomenda-se a troca do meio de cultura assim que este comece a escurecer, isso leva em média duas semanas, mas pode ter abreviado esse tempo em caso de regiões muito quentes, para fazer a mudança do meio de cultura, faça uma nova mistura, recolha um pouco de microvermes para servirem como cultura inicial e proceda como na primeira cultura. O recipiente deve ser aberto pelo menos de dois em dois dias. O calor aumenta a produtividade das culturas.



Ref.ª: Alexandre Altieri



Tenebrião

Os Tenebriões são uma espécie de besouro que em sua fase larval são muito utilizados na alimentação de muitos animais, entre eles, peixes, pássaros e répteis pelo seu alto teor de proteínas.

Nome popular: Tenebrião

Nome científico: Tenebrio molittor

Deve-se tomar muito cuidado ao fornecer estes coléopteros aos peixes, pois além de possuírem muita gordura, os Tenebriões, tem a fama de cavar seu caminho de fuga, ou seja, se ingeridos vivos e inteiros, podem "cavar" sua saída de dentro do animal que o comeu, e ninguém gostaria de achar o seu peixe no dia seguinte, morto no fundo do aquário e com um buraco em seu corpo. Lenda ou não, melhor não arriscar. Podem ser encontrados em lojas de pássaros, vendidos como alimento vivo, mas você também pode ter sua própria criação em casa.



Fotografia: Ricardo Assunção

Como criar: Em uma caixa de madeira com um substrato especial para eles que deve conter 2 partes de ração de galinha granulada de crescimento ou postura, 2 partes de farelo de soja ou trigo, 1 parte de ervilha seca moída, 1 parte de feijão moído, 1/2 parte de leite em pó e 2 partes de serragem, coloque uns 20 besouros e espere eles começarem a se reproduzir, os ovos demoram uns 20 dias para eclodir. É bom que haja um algodão húmido para eles beberem água



Ref.ª: Marne Campos


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Vermes do vinagre



Trata-se de um verme nematódeo de aproximadamente 3mm, que se alimentam de bactérias existentes no vinagre em fermentação, sendo que o meio para o seu desenvolvimento é constituído por 50% de vinagre de maçã, 50% de água e pedaços de maçã.

Nome popular: Vermes do vinagre ou enguias do vinagre.

Nome científico: Anguillula silusiae ou Turbatrix aceti.

Os vermes de vinagre são uma ótima opção para alimentação de alevins nos seus primeiros dias de vida devido a seu pequeno tamanho, são mais compridos que artemias recém-eclodidas, porém mais finas, possui a vantagem de sobreviver por um grande período vivo dentro do aquário, o que possibilita sua captura pelos alevins mesmo que não imediatamente após a introdução ao aquário.
Fotografia: Alexandre Altieri

Como criar: São mantidos em recipiente de vidro, com 50% de vinagre de maçã (cidra), 50% de água e com pedaços de maçã. A criação é bem pouco trabalhosa, bastando colocar uma cultura inicial no recipiente com a mistura citada e esquecê-la, que em pouco tempo os vermes se multiplicarão. O inconveniente desta criação é que este verme, por ser pequeno, para ser capturado deve ser “peneirado” com alguma malha bem fina e lavado ainda na malha para que não vá vinagre para o aquário dos alevins, o que poderia causar mudanças no pH.



Ref.ª: Alexandre Altieri 



Pesquisa, Adaptação: buarquesense@outlook.com